Eddie Precision se prepara para uma expansão global

“Queremos nos tornar uma empresa internacional e expandir nossa base global de clientes é o objetivo.”

É o que afirma Song Fei, presidente e CEO da Eddie Precision, uma importante fornecedora de peças hidráulicas para fabricantes como XCMG, LiuGong e Zoomlion.

Fundada em 2003 como especialista em martelos hidráulicos, britadores, tesouras e garras na cidade de Yantai, no leste da China, a Eddie cresceu ambiciosamente nas últimas duas décadas e agora incorpora seis subsidiárias integrais que abrangem uma gama abrangente de componentes, desde bombas, válvulas de controle e motores até robôs industriais, cortadores de usinagem, baterias e sistemas de armazenamento de energia.

Agora, assim como muitos fabricantes chineses, a empresa está direcionando sua ambiciosa estratégia de crescimento para mercados estrangeiros, motivada pelo crescimento doméstico relativamente lento desde a pandemia e pelas complicações adicionais das tarifas comerciais globais.

Peças para plataformas aéreas produzidas pela Eddie. Foto: KHL

No ano passado, a Eddie fez uma parceria com a multinacional japonesa Kawasaki Heavy Industries para criar a joint venture Eddie KPM, fornecendo bombas, válvulas de controle e motores de giro aos clientes.

Agora, a empresa planeja abrir três novas fábricas no exterior, bem como aumentar sua produção nacional voltada ao mercado de exportação.

E, com os componentes da plataforma de acesso se tornando uma parte cada vez mais importante de seus negócios, a Eddie diz que planeja criar sua própria divisão independente voltada especificamente para o setor.

Song diz que a empresa espera mais que triplicar sua receita anual nos próximos cinco anos, de RMB 3 bilhões (US$ 416,7 milhões) hoje para RMB 10 bilhões (US$ 1,4 bilhão) em 2030.

O plano de Eddie é fazer isso por meio da expansão para países fora da China, bem como aumentando as exportações globais, que atualmente representam apenas 13% da receita total.

A empresa deve iniciar a produção em uma nova fábrica de US$ 35 milhões na Tailândia a partir de julho, onde uma nova instalação de oito hectares produzirá martelos e outras peças hidráulicas.

E a empresa está planejando construir uma base de peças hidráulicas na Índia, cobrindo mais 100.000 metros quadrados.

Também há planos iminentes de expansão na Europa. "A Europa é um bom lugar para equipamentos hidráulicos, então é muito importante para nós", afirma Song.

Embora ainda não tenha sido decidido onde a empresa iniciará a produção na Europa, ela está pesquisando ativamente as possibilidades e deve tomar uma decisão nos próximos três a seis meses. "Podemos potencialmente comprar uma empresa", diz ele.

Planos de expansão

Atualmente, a porcentagem da receita da empresa derivada do mercado americano é de cerca de 5% e a esperança é aumentar para 15%.

Segundo Song, a principal vantagem da Eddie para sua expansão internacional – tanto em termos de acesso quanto de outros grupos de produtos – é a enorme capacidade de produção da empresa, incluindo um grande investimento em P&D. Cerca de 15% do quadro de funcionários da empresa trabalha em P&D, e o investimento no departamento equivale a 6% da receita anual total.

Há também a vantagem da produção econômica na China, complementada por uma rede global de revendedores que a empresa estabeleceu para seus martelos e que pode ser usada como um trampolim para suas outras divisões.

Além das novas instalações globais, a fábrica nacional da empresa também contribuirá para o aumento da receita de exportação.

Robôs industriais produzidos por Eddie. Foto: KHL

Eddie já investiu 100.000 metros quadrados de terreno para uma nova fábrica em sua cidade natal, Yantai, para complementar os 70 hectares que ocupa atualmente. E há mais 80.000 metros quadrados na cidade vizinha de Jinan, que é uma grande cidade industrial.

Enquanto isso, a empresa pretende expandir substancialmente sua oferta para o setor de plataformas aéreas, com uma divisão independente focada exclusivamente nessa área. Song afirma que a nova divisão se mudará para sua própria base de produção em uma antiga fábrica de martelos que foi especialmente convertida até o final deste ano.

“Com tudo o que está acontecendo na empresa, havia o risco de que a área de acesso fosse deixada de lado e esquecida, por isso é importante mantermos o foco nela”, diz ele. “Torná-la independente será bom para expandir o tipo de produto na empresa e ajudará a fortalecer o relacionamento com os clientes atuais.”

De fato, Song diz que a empresa está em negociações com grandes marcas relacionadas a acesso fora da China e está confiante em fazer acordos no futuro.

Questionado se a Eddie expandiria suas instalações de acesso na Europa, Song respondeu que era uma possibilidade e que dependeria da demanda.

Além da Ásia e da Europa, Song vê ainda mais potencial para a empresa olhar para outras partes do mundo. O mercado óbvio, diz ele, são os EUA, mas a empresa afirma que planeja aguardar para ver os efeitos das políticas comerciais do presidente americano, Donald Trump.

"Depende das condições de mercado", diz ele. "É um mercado muito difícil, e o mercado americano é particularmente difícil."