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Entrevista: CEO da Loxam Brasil sobre o crescimento do mercado de locação
07 maio 2024
A Loxam chegou ao Brasil em 2015 e, desde então, realizou diversas aquisições no país. (Foto: Loxam Brasil)A gigante europeia de locação Loxam entrou no mercado brasileiro de locação em 2015 com a compra da Degraus Andaimes, empresa da qual detinha 25% de participação antes de se tornar a entidade controladora em 2018.
Desde então, a empresa consolidou sua presença no país com as aquisições da Motormac Rental e da A Geradora, expandindo sua cobertura geográfica para o sul e nordeste do Brasil.
Em entrevista à IRN no início deste ano, Guilherme Boog, CEO da Loxam no Brasil, discutiu o cenário atual de locação no país, como a Loxam está lidando com a transição energética e as semelhanças com a Loxam na Europa.
Como você descreveria o estado atual do mercado de aluguel no Brasil?
O mercado de locação está passando por um processo de consolidação, agrupando empresas de médio porte sob a égide de grandes corporações. Essa tendência se mantém nas locadoras de equipamentos de linha amarela e generalistas, e ainda há muito espaço para consolidação.
Esse processo é positivo porque eleva o nível de qualidade da oferta e permite uma descentralização, permitindo que grandes empresas cheguem a áreas mais distantes.
O Brasil é um país grande, que sozinho equivale a 85% da área geográfica da Europa, e pode ser difícil para pequenas empresas alcançarem as áreas mais remotas. Com uma grande empresa por trás, capaz de trocar equipamentos de acordo com a demanda local, pode ser mais fácil e rápido estabelecer uma cultura de locação nesses locais.
Quais são os principais desafios e oportunidades para o mercado?
Guilherme Boog, CEO da Loxam Brasil. (Foto: Loxam)O retorno dos grandes projetos de infraestrutura que estavam paralisados desde 2016 devido à crise econômica. Esses projetos podem trazer mais investimentos em Petróleo e Gás, Mineração, Resíduos e Água, Trens e Metrôs, rodovias, usinas de energia, portos e aeroportos.
Os riscos estão associados a lacunas de infraestrutura que podem comprometer o crescimento econômico devido à falta de energia, problemas de água, baixa capacidade/produtividade em portos e aeroportos, etc.
Você está notando um crescimento na demanda por imóveis para alugar no Brasil? Se sim, o que está impulsionando essa demanda?
Sim, ainda estamos em um período de recuperação das grandes crises que vivemos de 2014 a 2018. Em meio à recuperação, enfrentamos outra crise, a crise da Covid, que afetou o mundo todo e obviamente o mercado da construção civil no Brasil também foi influenciado.
Portanto, ter uma perspectiva de investimentos em infraestrutura depois de tantos anos é uma ótima notícia para todo o mercado da construção civil no Brasil.
Como muitas construtoras foram afetadas durante a crise, o aumento dos novos investimentos certamente será feito com máquinas alugadas, e todas as empresas estão se preparando para esse momento favorável.
Seu foco é ser generalista ou você está olhando para setores específicos, como antenas, energia, etc.?
Atualmente, considerando as três empresas no Brasil, somos líderes em locação de geradores e compressores, e somos a terceira empresa de locação geral no Brasil.
As plataformas aéreas são um produto muito importante para a Loxam Degraus e a Loxam Motormac Rental, e nossa estratégia é permanecer generalistas em Degraus e Motormac e especialistas em potência na A Geradora.
Atualmente, a Motormac Rental tem 4 produtos em seu portfólio de ofertas, mas isso pode mudar em alguns anos.
Vocês operam da mesma forma que a Loxam na Europa ou há diferenças significativas na maneira como vocês trabalham?
Seguimos basicamente as mesmas diretrizes, com forte foco na qualidade da máquina oferecida. Por sermos um país grande, temos alta dispersão geográfica e concorrentes dispersos, geralmente com apenas uma agência em locais específicos.
Devido à baixa concorrência nesses locais, a qualidade da oferta pode estar aquém do desejado pelos clientes, portanto, a qualidade das máquinas disponíveis ainda é um diferencial no Brasil. Nesse cenário, ainda estamos a anos de distância de demandas como máquinas ecologicamente corretas.
Vocês usam os mesmos fornecedores de equipamentos da Loxam na Europa ou têm uma política de compras separada?
Boog afirma que as plataformas aéreas continuam sendo um produto importante para a Loxam Degraus e a Loxam Motormac Rental. (Foto: Loxam Brasil)Temos autonomia para adquirir os equipamentos solicitados pelos nossos clientes, de acordo com a disponibilidade no mercado local. No caso dos geradores, toda a frota é fabricada no Brasil devido às especificações elétricas.
Para outros produtos, a maioria deles é importada, como plataformas, e as peças podem ser fabricadas ou montadas localmente.
Até que ponto você consegue usar máquinas usadas das frotas europeias ou do Oriente Médio da Loxam?
O Brasil não é um mercado tradicional para máquinas usadas e digo isso por dois motivos: 1) dificuldade dos processos de importação/exportação de máquinas usadas (barreiras alfandegárias); 2) disponibilidade de peças de reposição: devido à dificuldade no processo de importação/exportação, também é muito desafiador conseguir peças mesmo para máquinas novas, portanto para máquinas antigas pode ser quase impossível.
Por esse motivo, é muito raro vermos lotes de máquinas usadas sendo importadas – porém, é muito comum ouvirmos falar de problemas relacionados a máquinas usadas importadas.
Sobre a transição energética, os contratantes estão interessados em equipamentos de baixo carbono e estão dispostos a pagar por esses equipamentos?
Pouquíssimos clientes têm uma demanda e interesse genuínos por soluções sustentáveis. A maioria busca apenas uma solução econômica, ignorando outros aspectos, como emissões ou responsabilidade corporativa.
Lamento dizer que, na maioria das vezes, nem mesmo o consumo de combustível é questionado durante um processo de decisão. É claro que existem clientes com requisitos específicos e exigentes, mas essas são exceções em nosso mercado.
A frota de geradores Loxam é toda fabricada no Brasil. (Foto: Loxam Brasil)Vejo que estamos caminhando nessa direção, porém levará alguns anos para atingir o nível de conscientização que vejo hoje em mercados mais desenvolvidos.
Como líder de mercado, a Loxam está lançando novas linhas de produtos "LoxGreen", sem emissão durante o uso, e essa tendência está sendo seguida por outras grandes locadoras. Esperamos que essa atitude possa mudar o cenário do mercado a médio prazo.
Na Europa, há preocupações com a infraestrutura de carregamento para máquinas movidas a bateria. O mesmo acontece no Brasil?
O Brasil tem algumas lacunas de infraestrutura e às vezes temos escassez de energia em diferentes regiões do país.
Geralmente os problemas relacionados à disponibilidade de energia advêm do aumento da atividade econômica, pois a capacidade de geração e transmissão costuma estar próxima da disponibilidade máxima.
Dito isto, os problemas de disponibilidade de energia estão muito mais relacionados a uma época de crescimento económico favorável do que a um processo de descarbonização da frota, que hoje ainda não é uma questão relevante.
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